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Mercado de café em cápsula no Brasil cresce 50% ao ano

Mercado de café em cápsula no Brasil cresce 50% ao ano

Atualmente 60 empresas produzem a monodose, bem acima das sete existentes em novembro de 2014

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O mercado de café em cápsula (monodose) para uso em máquinas domésticas está em franco crescimento no Brasil, na faixa de 40% a 50% ao ano, segundo estimativa da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). O diretor executivo da entidade, Nathan Herskowicz, destaca o aumento de fornecedores produtos. Atualmente são 60 empresas produzindo o monodose, ante apenas sete em novembro do ano passado.

Herskowicz observa que entre os novos players do setor estão muitas pequenas empresas, que ofertam cafés de qualidade e diferenciados, ocupando uma faixa marginal do mercado liderado pelas grandes companhias. Ele explica que o investimento das torrefações, cafeterias e mesmos produtores para testar o mercado não é muito alto. As indústrias cobram R$ 8 mil pelo envasamento de 17 mil cápsulas de café.

A expansão do consumo doméstico do café em cápsula não assusta os fabricantes do café torrado e moído, presente em quase todos lares brasileiros. Herskowicz diz que a demanda pelo café de máquina é grande pela classe A, que soma cerca de 8,5 milhões de pessoas. O crescimento do segmento se traduz nos números de importação das máquinas fabricadas na China. No primeiro trimestre deste ano foram importadas 1,377 milhão de unidades, ante às 934 mil em igual período do ano passado. O aumento foi de 47%, segundo estatística do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).

Prêmio Abic

A Abic realizou na manhã desta quita-feira (30/4) em São Paulo a cerimônia de premiação do concurso nacional de qualidade de café promovido pela entidade. O grande campeão foi Antônio Rigno de Oliveira, cafeicultor do município de Piatã, que fica na Chapada Diamantina, na Bahia, que ofertou um lote de seis sacas. Duas sacas foram arrematadas por R$ 5.000 cada, valor dez vezes superior ao preço atual de mercado. Os compradores foram o Café Chini, do Paraná, e o Café Sobesa, da Bahia. Outras quatro sacas foram compradas pela cafeteria Santo Grão, de São Paulo, por R$ 3,980 cada saca.

Herskowicz comentou que a seleção dos lotes dos melhores café teve início nos concursos estaduais realizados na Bahia, Minas Gerais, São Paulo e Paraná. Não houve lotes do Espírito Santo. Os cafés vencedores do concurso são colocados à venda durante o leilão realizado pela Abic e arrematados por torrefações e cafeterias. “Cuidadosamente industrializados e acondicionados em sofisticadas embalagens de 250 gramas, esses café chegam aos supermercados, lojas gourmet e cafeterias em edição limitada e identificada com selo numérico”, diz ele.

Mercado

As projeções da Abic para a próxima safra de café são de oferta ajustada ao consumo e preços sustentados. Herskowicz diz que as exportações devem ficar na faixa de 36 milhões de sacas, ou pouco menos, enquanto o consumo interno deve atingir 21 milhões de sacas, acima das 20 milhões de sacas estimadas para a safra atual. Já a produção na próxima safra é estimada entre 46 milhões a 47 milhões de sacas. Com a demanda estimada em torno de R$ 57 milhões de sacas, a oferta será complementada pelos estoques remanescentes de café.

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