
Cadeia produtiva do Estado do Amapá recebe promessa de incentivos
Representantes da Organização das Cooperativas do Estado do Amapá (OCB-AP) discutiram com o poder público estadual projetos de incentivo à agroindústria no Estado. Essa foi a principal pauta do encontro, que aconteceu no Palácio do Setentrião, com a presença de vários secretários de governo.
O governador Waldez Góes enfatizou as potencialidades do Estado nesse setor e que investir em agroindústria é fortalecer a economia de qualquer região. “Esse é o momento de investir na produção de alimentos. O Amapá tem um grande potencial para isso. Hoje temos dinheiro para financiar o produtor e ainda comprar o produto. Só precisamos nos organizar”, disse.
O presidente do Sistema OCB-AP, Gilcimar Barros, destacou que essas potencialidades já vêm sendo exploradas por cinco cooperativas espalhadas pelo Estado envolvendo 500 famílias. “A agroindústria alcança toda a cadeia produtiva, desde a colheita até o produto final. Hoje somos capazes de produzir o açaí em polpa, derivados da mandioca, biscoito da castanha, filé de peixe e camarão”, afirmou.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Rural, Osvaldo Hélio, anunciou que o Estado vai trabalhar na modernização desse mercado. Segundo ele, vários programas como o Programa de Aquisição de Alimentos e o Plano Safra alocam recursos para que isso seja concretizado. “Então, temos recursos para isso. Precisamos apenas fazer a integração entre o poder público e os produtores”, ressaltou.
O secretário de Estado da Indústria, Comércio e Mineração, Eliezir Viterbino, destacou a importância de fortalecer a marca do Estado do Amapá nesses produtos, agregando mais valor à mercadoria. “Precisamos criar um selo que identifique que esse produto saiu daqui do Amapá. Isso vai agregar valor à produção”, comentou.
A secretária de Estado da Educação, Conceição Medeiros, garantiu que o Estado vai cumprir a lei que determina a compra de 30% de alimentos da agricultura familiar para a merenda escolar. “Nos últimos anos, o governo não comprou nem 1% desses alimentos. Precisamos incentivar a produção familiar através dessa compra”, ponderou.
Cada secretário de governo que participou do encontro ganhou um kitt da OCB-AP com picolé, polpa de açaí, farinha de mandioca e outros produtos que já estão sendo produzidos pela agroindústria no Estado do Amapá.
Participação no PIB
Em 2014 a participação do Amapá para o Produto Interno Bruto (PIB) foi de aproximadamente 0,2%. Já para a região norte, sua colaboração é de 4,5%. Neste sentido, o Amapá possui as condições necessárias para o desenvolvimento do setor primário, levando em consideração elementos como aptidão agrícola, logística através de rodovias, ferrovia e porto, condições de clima e solo favoráveis ao cultivo, podendo proporcionar até duas safras ao ano, além da iminente autossuficiência no setor elétrico.
De acordo com o governador Waldez Góes, o governo trabalhará todas as potencialidades do Estado, reaquecendo setores que ficaram esquecidos nos últimos anos como o madeireiro e o agronegócio.
No entanto, antes é preciso resolver alguns fatores que impedem o desenvolvimento dos setores.
"Esses setores podem produzir muitas riquezas para o Amapá e o agronegócio é uma vocação muito clara. Agora, para desenvolver essas vocações, é preciso solucionar gargalos. Eu não me coloquei na condição de governador para ficar intimidado frente à crise", afirmou Waldez. "Nós não estamos dizendo aqui que todas as condições para o desenvolvimento do agronegócio estão criadas, mas estamos dizendo que já há uma decisão política de que esse setor é prioridade para o Estado do Amapá", afirmou Waldez.
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