A mudança do status do Amapá de alto para médio risco de contaminação pela febre aftosa, é um dos passos do Ministério da Agricultura para erradicar a doença no rebanho bovino e bubalino em todo o Brasil. O país quer eliminar a necessidade da aplicação da vacina contra a doença até 2020.

A retirada da vacina em todo o território nacional permitirá ao Brasil o reconhecimento internacional de país declarado livre da doença, o que garantirá a qualidade de exportação da carne brasileira para o exterior.

Atualmente, 23 estados brasileiros são declarados livres de aftosa com vacinação, estando Amapá e Amazonas na classificação de alto risco. Porém, o Amapá aguarda somente uma instrução normativa do ministério para mudar o status sanitário.

"O Amapá já passou as barreiras para chegar no médio risco, mas só falta a mudança ser oficialmente atualizada. Com isso, o estado assume uma série de compromissos para chegar em agosto (de 2017) livre da aftosa com vacinação, e em 2020 ficar livre sem vacinação", reforçou Suely Collares, superintendente regional do Ministério da Agricultura.

Apesar da vacinação ocorrer anualmente no Amapá, o último caso de aftosa foi registrado em 1999, informou a Agência Estadual de Defesa e Inspeção Agropecuária (Diagro), órgão responsável por executar e propor ações para manter a saúde e a qualidade do rebanho amapaense.

"Tem país que não aceita a carne do país que ainda tem vacinação. Porque pensa 'se há a vacinação é porque há algum risco', e eles não querem. A partir do momento que se anuncia livre da aftosa sem vacinação, aí poderemos estar livres da doença", falou Suely.

A retirada da vacina, de acordo com o Ministério da Agricultura, acontecerá de maneira gradual, iniciando por Acre e Rondônia já em 2019. O Amapá deixará de vacinar em 2020, mas necessita do status de livre para a contaminação pela doença.

Font: G1 Amapá