Na última terça-feira (23), o Amapá sediou a etapa estadual da II Conferência Nacional do Trabalho (II CNT). O encontro, realizado no auditório do SENAC, em Macapá, reuniu autoridades locais, representantes de trabalhadores, empregadores e governo. O evento antecede a etapa nacional da Conferência, prevista para março de 2026, em São Paulo. Representantes da FAEAP e Sindicatos Rurais representaram o Sistema.

Durante as discussões, foram debatidos os principais desafios do mundo do trabalho no estado e apresentadas propostas que irão compor a pauta nacional. A conferência é um espaço tripartite, paritário e democrático, com o objetivo de construir, de forma coletiva, diretrizes para a promoção do trabalho decente no Brasil.

De acordo com o Diagnóstico da Situação do Trabalho Decente no Amapá (2025), apenas 56,6% da população ocupada do estado está em empregos formais, enquanto 43,4% ainda atua na informalidade. Outro dado desse estudo é a existência de cerca de 3,5 mil crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil, principalmente na capital.

O superintendente regional do Trabalho no Amapá, Michel Paranhos, destacou que a conferência é um espaço fundamental para alinhar as transformações econômicas em curso no estado — como os estudos para exploração de petróleo e gás na margem equatorial e a consolidação da rota marítima Brasil–China pelo Porto de Santana — às políticas públicas que garantam emprego formal, proteção social e qualificação profissional.

Os Sindicatos Rurais estiveram representados pelas presidentes dos sindicatos de Macapá e Pracuúba, Liliane Ramos e Jeandra Soares; pela representante do Sindicato Rural de Tartarugalzinho, Valdilene Santos; pela secretária do Sindicato Rural de Oiapoque, Raquel Batista; e pela administradora do Sindicato Rural de Itaubal, Betânia Quaresma. A Federação da Agricultura e Pecuária do Amapá (FAEAP) contou, ainda, com a participação da assessora jurídica, Renata Melo, e da analista de arrecadação, Elayne Félix.